Se tem um tema que só cresce nos debates empresariais é o que é Inteligência Emocional. Por isso, neste artigo vamos explicar o conceito e seus pilares.
Além disso, você vai aprender a desenvolver a inteligência emocional e entender a importância dela para o dia a dia e para o seu ciclo profissional.
“Contrata-se pelas competências técnicas e demite-se por aspectos comportamentais”. Você com certeza já ouviu essa frase antes, afinal, ela circula há pelo menos uma década.
Aqui na Zup, por exemplo, a equipe de Talent Acquisition reconhece a importância do tema e já aprimorou o processo de seleção. Hoje, não só aqui, mas na maioria das empresas estão mapeando fit cultural e aspectos comportamentais por meio do que chamamos de entrevistas por competências.
Bom, se isso já acontece, por que ainda falamos tanto em Inteligência Emocional?
A questão é que inteligência emocional não é um comportamento isolado, no entanto, é um conjunto de comportamentos, o que dificulta muito que ela seja perfeitamente avaliada em algumas etapas do processo de seleção.
Portanto, apesar da dificuldade, esse conjunto de habilidades tem sido frequentemente apontado como o principal diferencial competitivo para a camada diretiva de qualquer organização. Dada a relevância do tópico, passamos a ter o livro sobre Inteligência Emocional da Harvard Business Review como um dos guias sobre como entender e aproveitar melhor esse conjunto de habilidades.
Afinal, o que é inteligência emocional?
Inteligência Emocional é a capacidade que uma pessoa tem de reconhecer e administrar suas próprias emoções e, dessa forma, usá-las positivamente para comunicar-se com eficiência e empatizar com pessoas ao seu redor.
Para Paulo Kretly, presidente da FranklinCovey Brasil, pessoas que possuem essa habilidade pensam, sentem e agem de maneira consciente.
Sugestão de conteúdos sobre Inteligência Emocional
Conquistar a Inteligência Emocional é uma jornada. Sendo assim, se você tem interesse em aprofundar-se no tema, pode buscar:
- o livros da Harvard Business Review sobre Inteligência Emocional, (10 leituras essenciais – HBR): As melhores práticas para você desenvolver as habilidades centrais para seu sucesso no trabalho e em seus relacionamentos
- o livro de Daniel Goleman: “O poder da Inteligência Emocional”
- Conferir o curso da Conquer sobre o tema.
Além disso, no blog da Zup temos alguns artigos que sugerimos como leitura complementar:
- Sustentabilidade emocional na gestão: como encontrar equilíbrio
- Culture Add: conheça o conceito
- Comunicação Não Violenta: a chave para uma liderança humanizada
Quais são os principais pilares da Inteligência Emocional?
A inteligência emocional divide-se em 5 pilares:
1 – Autoconhecimento
Não é à toa que diversas pessoas do ramo empresarial como Delair Bolis, Vanessa Fontoura, Luiza Helena e Cris Junqueira, têm investido em processos de autoconhecimento para si e/ou para suas lideranças.
À medida que reconhecemos nosso repertório de emoções e ações não desejáveis, ou seja, quando estamos conscientes delas e podemos observá-las, passamos a poder também administrá-las melhor. Além disso, passamos, inclusive, a ressignificá-la.
2 – Autocontrole
Só existe autogestão eficaz sobre aquilo que se tem consciência. Na prática, só se entende como ter autocontrole sobre rompantes emocionais, especialmente com outras pessoas (como times, pessoas consumidoras ou até quem compartilha a vida conosco no dia a dia), quando se é capaz de identificar os gatilhos que levam a esse comportamento indesejado.
Uma vez que eles são mapeados, começa o processo de auto-observação, que torna possível a previsibilidade de uma reação emocional mais acalorada. Dessa forma, é possível alterar o próprio processo de reação, abrindo novas janelas de consciência.
E é, precisamente aqui, que entra o famoso “conte até 10”, “beba um gole de água”, etc — lembretes úteis para ativar a autoconsciência e escolher sua reação a um determinado estímulo, saindo do automático. Obviamente, como toda habilidade, essa é desenvolvida com treino — não existe mágica.
3 – Motivação
Segundo o autor de Harvard Business Review, pessoas que a possuem buscam constantemente desafios criativos, gostam desse sentimento, topam desafios, mesmo sabendo que precisarão evoluir, e estão constantemente buscando estímulos de realizações.
Aqui também há um desafio para pessoas empregadoras, pois geralmente pessoas profissionais automotivadas são inquietas e inconformadas. Dessa forma, isso pode vir a ser um problema quando se sentem subaproveitadas.
Nesse tipo de situação, as empresas correm um grande risco de perder suas contratações. Nesse sentido, o desejável é colocar essas pessoas nos desafios corretos para suas respectivas capacidades.
Em contrapartida, cabe a cada pessoa que trabalha naquela empresa deixar transparente quando estiver se sentindo subaproveitada. Afinal, pode sempre propor soluções criativas para transformar seu trabalho.
4 – Empatia
Bastante discutida e explorada nos dias de hoje, trata-se da capacidade de colocar-se no lugar do outro, de compreender os sentimentos de outras pessoas.
Empatia é uma característica essencial, pois é por meio dela que construímos relacionamentos eficazes, de interesse genuíno pelas necessidades do outro.
Ponto de atenção: não se trata, necessariamente, de pessoas emotivas. O ponto importante é o interesse genuíno e não sua resposta emocional a ele.
5 – Destreza Social
Ainda citando o livro “Inteligência Emocional” de Harvard Business Review, a destreza social é a gentileza com propósito: é a capacidade de direcionar pessoas a seguirem um objetivo. É a aptidão para costurar necessidades e interesses gerando acordos de ganho comum.
Vale lembrar que essa habilidade só existe quando em conjunto das demais.
É importante destacar que para uma empresa que vive de inovação, inteligência emocional é um fator crucial de diferencial competitivo.
O mundo corporativo precisa de pessoas que consigam, a partir do autoconhecimento, vencer suas inseguranças e encontrar a motivação necessária para se desafiar ao novo, ao inexplorado. Profissionais que consigam ver nas barreiras possibilidades de ultrapassá-las.
Reflexo dos pilares no dia a dia
No momento em que lemos os cinco pilares, percebemos que todos eles podem ser, de fato, alcançáveis em nosso dia a dia. Porém, como citado em uma das explicações acima, requer desenvolvimento e dedicação.
Ao identificá-los, uma coisa fica clara: os cinco são complementares. Isso quer dizer que a inteligência emocional é considerada um ciclo, iniciando seu percurso em se conhecer e finalizando em como lidar com pessoas.
Todo esse percurso te leva a habilidade de desenvolver cada uma das suas emoções e, assim, a inteligência emocional será uma consequência do seu dia a dia, sempre trazendo melhorias que impactam os relacionamentos interpessoais, as competências profissionais e aumentando a qualidade de vida em geral.
Vantagens alcançadas ao aplicar a Inteligência Emocional
Os reflexos da inteligência emocional reverberam pelo dia a dia de cada indivíduo. Pessoas consideradas inteligentes emocionalmente lidam melhor com indivíduos pouco maleáveis, são bons ouvintes e possuem empatia.
Alguns dos muitos benefícios estão ligados a, por exemplo:
- Saber ouvir feedbacks
- Lidar melhor com imprevistos
- Gerenciar conflitos
- Melhorar a capacidade de tomada de decisões
- Melhorar o tempo e produtividade
- Mais senso de responsabilidade
Conclusão
A inteligência emocional se tornou um diferencial competitivo e pessoas profissionais que conseguem desenvolvê-la levam vantagem em algumas organizações.
Aqui na Zup, a área de People está desenvolvendo um trabalho incrível, no qual Business Partners estão se dedicando ao assunto de coaching e assessment nesta jornada de autoconhecimento da liderança.
Abrimos cada vez mais espaços para discussões de temas tão relevantes quanto esse, a fim de tornar nossas lideranças cada vez mais seguras, motivadas e empáticas. Prometemos que daqui a alguns meses, vamos escrever um pouco mais sobre os acertos e aprendizados deste programa.
Aproveite e confira também o nosso artigo sobre as 7 habilidades de uma boa liderança..