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Responsabilidade social: como impacta seu negócio?

O tema não é novo, inclusive um dos assuntos mais quentes no mundo corporativo hoje. Muito tem se falado sobre diversidade e inclusão no trabalho

O tema não é novo, inclusive um dos assuntos mais quentes no mundo corporativo hoje. Muito tem se falado sobre diversidade e inclusão no trabalho, além de responsabilidade social e, ainda assim, não tivemos muito progresso. Apesar das organizações estarem apostando mais na defesa desta causa, quantas delas estão vivenciando apenas o discurso? Como mulher que trabalha no mercado de tecnologia, posso dizer que falar sobre isso é importante, mas e a prática?

A verdade é que poucos entendem a real necessidade de ações voltadas para este tema e seus impactos nos resultados da empresa. Em muitos casos, as empresas não se envolvem profundamente com o assunto e, sem que isso seja realmente um valor, as estratégias seguem essa superficialidade.

Neste texto, vou compartilhar como nós da Zup vivenciamos e nos conectamos com o tema, na tentativa de sanar algumas dores da nossa realidade.

Nosso contexto

Estamos na contramão da crise nacional – está sobrando vaga no mundo de TI. A tecnologia mudou a realidade do mercado e está demandando novas capacidades técnicas. Segundo a Associação Brasileira de Startups, até o final de 2019 teremos uma demanda de 70 mil profissionais.

Mas, em um país em que a taxa de desemprego é de tanto, por que não conseguimos profissionais para preencher essas vagas? 

Ainda não sabemos quais serão as profissões do futuro, mas já sabemos que a tecnologia está mudando o mundo. E com tanta mudança, o setor acadêmico está cada vez mais distante da nossa realidade. Apesar da quantidade de estudantes graduados em áreas ligadas a tecnologia ser grande, os cursos estão defasados em relação ao que o mercado exige e a necessidade de profissionais da área não é suprida pelo canal tradicional, que são as universidades.

A conta não fecha. Tem mais gente procurando emprego do que pessoas qualificadas para as vagas que estão disponíveis, por isso, seguimos vivendo problemas de contratação. E foi olhando para este cenário que chegamos a nossa primeira conclusão: a necessidade de formar pessoas.

Por que a falta de diversidade é um problema?

Quando olhamos para as universidades, não é só com a falta de preparo dos estudantes que nos deparamos. Ainda há um outro ponto que precisa ser analisado: a falta de diversidade nos cursos de graduação também deve ser encarado como um problema. Me refiro a falta de diversidade de gênero em alguns cursos (a concentração de homens nos cursos de exatas, por exemplo), mas também a falta de diversidade de raça, renda e idade.

Ainda há aqueles que não tem a oportunidade de acessar as universidades, não é mesmo?

A realidade do Brasil não está refletida nas universidades e, consequentemente, no mercado de trabalho também não. Quando buscamos profissionais nos canais tradicionais, como: Linkedin, universidades, e até por indicações, o perfil dos candidatos não é diverso, muito pelo contrário, percebemos um padrão no time que estamos construindo.

Como pensar em soluções inovadoras se estamos recrutando pessoas que pensam parecido?

Quando trabalhamos em um ambiente que acolhe as diferenças, também nos sentimos mais à vontade para aprender e arriscar. Ter diferentes pontos de vista é um diferencial para a inovação nas organizações, isso porque a representatividade te aproxima do usuário final, atingindo um maior número de pessoas no mercado.

Nossa solução para transformar esse cenário

Foi aí que chegamos a nossa segunda conclusão: precisamos formar um time diverso. Para isso, temos que buscar pessoas que estão fora do eixo tradicional.

Em um país com tanta desigualdade e escassez de mão de obra qualificada, está na hora das empresas tomarem esta responsabilidade para si.

responsabilidade social

Aqui na Zup, nosso propósito é criar ambientes de crescimento exponencial. Isso significa que desejamos que todas as pessoas com as quais a Zup tem alguma relação estejam num ambiente em que aprendizado e desenvolvimento sejam rotineiros. A ideia é  testar, errar e aprender constantemente. Acreditamos que isso nos leva a inovar e, consequentemente, criar ambientes de crescimento contínuo e escalável.

Estrelas Fora da Caixa

Olhando para as dores do nosso contexto, traçamos o objetivo de ter uma área que olhe para estas questões sociais e que tenhamos ação diante deste cenário. Assim nasceu o Estrelas Fora da Caixa, o programa tem o objetivo de proporcionar oportunidades de formação profissional em tecnologia para pessoas (diversas) em situação de vulnerabilidade social.

Iniciamos o programa em janeiro deste ano – esse contou com um processo seletivo de quatro etapas e com parceiros que são a ponte com pessoas que buscamos. Para essa primeira turma, selecionamos quinze apaixonados(as) por tecnologia. No estrelas, oferecemos uma formação com conteúdos técnicos e comportamentais, como lógica de programação, comunicação oral e escrita, educação financeira e muito mais.

A intenção é formar além de profissionais completos, cidadãos para o mundo.

O sonho de encontrar pessoas que tenham sede de oportunidade e dar a elas a chance de construir uma carreira no mercado de tecnologia está muito perto de virar realidade. Estamos tirando estrelas de suas caixas para vê-las brilhar!

Sabemos que o Estrelas não é a solução para todos os problemas, mas é um começo. Acredito que o caminho é cada empresa se conectar com a causa da sua maneira, olhando para dentro e entendendo quais dores está querendo sanar. Afinal de contas, onde tem gente, tem talento.

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