Em um post anterior, escrevi sobre a utilização do Trello na aplicação do Scrum. Eis que hoje venho trazer outra ferramenta um pouco mais “potente”, o Jira (software)! Essa é a que utilizo hoje e confesso que a cada dia que passa descubro a possibilidade de aplicar algo novo nela. #lovejira
Principais vantagens do Jira
Diferente do Trello, o Jira tem funcionalidades pensadas exatamente para as necessidades da aplicação do Scrum. Sendo altamente personalizável, útil para projetos de pequeno, médio e grande porte.
O Jira tem alguns produtos que vão além do Jira Software, mas não se confunda, estamos falando aqui do que é próprio para gestão de projetos ágeis e mais especificamente ainda, da versão cloud.
Atualmente ele tem uma versão gratuita com 10 usuários. Além disso, o Jira te permite um teste de 7 dias (sem necessidade de cartão de crédito) para você explorar e entender a razão desta ser uma das ferramentas mais utilizadas no mundo para gestão ágil. Outra informação importante é que a dona do Jira é a Atlassian.
Vamos às funcionalidades do Jira
Logando pela primeira vez na plataforma você já dá de cara com os templates de quadros. Esses modelos vão configurar pra você a plataforma de um jeito a englobar todas as necessidades padrões da metodologia escolhida, incluindo todos os artefatos e otimizando alguns dos eventos.
Escolhendo o Scrum você irá para a próxima página na qual criará o seu projeto e é aí que a mágica realmente começa!
A plataforma começa como uma folha em branco na qual você encontra a funcionalidade perfeita para gerenciar seu backlog, utilizando os issues de Story, Task e Bugs para começar a detalhar e priorizar seu backlog de produto (mais pra frente falaremos sobre a possibilidade de personalizar e criar outros tipos de issue).
Lembrando que não é só a possibilidade de escrever o título da sua user story, mas também de fato escrevê-la no formato detalhado e colocar todos os links necessários na parte de descrição que fica disponível pra você.
Além de descrever a story, aqui ficam outras funcionalidades legais. Algumas das principais sendo: os story points (que ao iniciar um sprint serão somados e utilizados para gerar inúmeros relatórios), a de definir visualmente a prioridade das storys e a de criar subtasks dentro da story (muito útil para que o time de desenvolvimento detalhe o Backlog da Sprint).
Sprint
Com o backlog detalhado e priorizado, vamos às sprints. Na plataforma você conseguirá definir exatamente quando começa e termina sua sprint e quais elementos serão esperados dentro dela. Além de definir o objetivo da sprint e ver claramente quantos story points são esperados para esse período.
Iniciou-se a sprint, agora temos acesso ao board, que fica na página “Active Sprint”. Ahh, o board <3.
Aqui, o time vai constantemente visualizando seu progresso, quem está trabalhando em qual task e quanto já foi finalizado durante a sprint. Na minha opinião é aqui que você vai tendo aquele gostinho de progresso diário, sem falar que otimiza a comunicação e a transparência no time.
Para os interessados em dados como eu, o Jira também ajuda e muito, afinal existe uma página de Reports. Nessa página você encontra inúmeras informações úteis para trabalhar e entender a produtividade do time. Facilitando que na retrospectiva vocês possam falar sobre o assunto. Os que eu mais utilizo hoje são o Burndown Chart, o Sprint Report e o Velocity Chart.
Indo um pouco mais além, existem outras funcionalidades que vale falarmos.
As pages, que são perfeitas para documentar decisões e eventos do seu projeto, sendo útil para versionar as Definitions of Done, documentar os flows, as telas, as retrospectivas e aqui também temos modelos disponibilizados pelo próprio Jira que podem te ajudar.
Também é possível criar mais de um board dentro do mesmo projeto (e escolher metodologias diferentes para cada um deles). Essa opção é bem útil para quem trabalha com múltiplos times para um mesmo produto, ou mesmo com times de discovery e delivery separados, que é o meu caso, visto que conseguimos organizar separadamente as atividades e progresso, mas ainda sim temos transparência entre os times.
Por fim, as integrações e automações são inúmeras. Dá pra integrar com Git, Slack, Google Drive, dentre outras e automatizar fluxos internamente e externamente de vários jeitos diferentes.
Um preview de caso prático
Se quiser ver o Jira em uso e como é a plataforma na prática, dá só uma espiada em como é um projeto real dividido em board de delivery e board de discovery:
Jira para equipes Scrum: é só o começo!
O importante é deixar claro que o que eu trouxe para vocês acima é apenas a ponta do Iceberg, o Jira como uma folha em branco, em seu primeiro uso, mas ele pode se alterar bastante de acordo com o que você e seu time quiserem.
Afinal, o Jira é uma ferramenta incrível que te permite usar da criatividade para personalizar e criar a plataforma perfeita para você!
Quer saber mais sobre como usamos o board de discovery e de delivery? O detalhamento dessas personalizações e como trabalhamos no dia a dia, fica para um próximo texto. Você pode deixar nos comentários sua sugestão de tema!
***Atenção! No nosso caso, o produto é interno (para a própria Zup). Por isso, não existe nenhum problema de compliance em mostrar para vocês um pouco do nosso board, o que nunca aconteceria se estivéssemos falando de um projeto para cliente ou algum projeto interno sigiloso.